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A Tabela 1 sistematiza a quantidade de arquivos encontrados por meio do ano, espaço ocupado no armazenamento do computador (quantidade de informação medida em bytes), a quantidade de arquivos (fotos) e a organização por meio de pastas. É possível perceber o inicio da construção do acervo, assim como o aumento exponencial na quantidade de arquivos dentro do marco de um ano apenas e a decadência do interesse de armazenar neste meio, em 2012. O apogeu e a queda.

Além do computador, tive acesso a outros meios os quais também eram utilizados para armazenar fotografias da família: os Compact Discs ou CDs, como são popularmente conhecidos. Como o acesso aos documentos dos CDs é um pouco mais dificultoso hoje em dia, não pude desvendá-los com tanta clareza como gostaria. Então esta parte da investigação é baseada em fontes orais e lembranças de outros momentos os quais esses arquivos foram acessados. Nesses CDs, encontrei fotografias que datam 2009 e 2010, o que explica a baixa quantidade de arquivos armazenados no notebook nesses dois anos seguintes. Em 2010, no computador, tem algumas fotos da memória de um celular e daí já inicia uma noção de tirar de um lugar para colocar em outro para preservar o armazenamento. Os celulares antigos costumavam ter pouca memória interna, o que explica também esse movimento.

Mas o que chama mesmo a atenção é o aumento exponencial de 2010 para 2011 que tensiona um interesse de compreender as motivações que levaram o usuário a guardar as fotografias neste dispositivo. Tive contato com o responsável, o pai, que contou que 2011 foi o ano em que adquiriu uma nova câmera digital - o que explica a quantidade de fotografias em comparação com os outros anos.

Uma questão que notei, analisando o acervo de 2011, é que grande parte é constituído por fotografias e vídeos de um pequeno rato, um hamster, que claramente foram feitas pela menina numa tentativa de honrar o seu bichinho de estimação.

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